Montalegre

Não é, com certeza, das freguesias mais antigas, como atestam as confrontações antigas dos termos vizinhos; mas, depois de o Bolonhês mandar erguer o Castelo – autêntica joia da arquitectura militar medieval – alteraram-se os marcos e as cruzes, definindo-se um território de vinte quilómetros quadrados para sustento (pastoreio e agricultura) dos cem povoadores iniciais.
E assim, sem grandes convulsões, a povoação foi crescendo ao longo dos séculos, pela indústria e ambição estratégica dos seus moradores.
A vila é hoje uma pequena metrópole de comércio vigoroso, de indústrias incipientes mas com resultados, e objecto de uma procura turística invejável. São já famosas as suas Sexta-feira 13 - Noite das Bruxas, a Feira do Fumeiro, e as festas concelhias do Senhor da Piedade, entre outros eventos culturais.
Já que se fala em festas, cumpre recordar que até ao século XIX a maior festa da vila era a de São Frutuoso, celebrada na sua humilde capelinha, a caminho do Larouco.
Sempre haverá quem faça críticas, mas esses, normalmente, nada fazem para não serem criticados… Como diz o nosso povo: "É sina de Portugal comer bem e dizer mal."
Importa ainda relatar, como sítio com referências ao passado das épocas clássicas, um importante achado recente de mais de novecentas moedas romanas.


Padroso

Como todas as freguesias da raia seca, também Padroso sofreu as agruras das agressões castelhanas e beneficiou ocasionalmente com o contrabando. Foi uma das honras de Barroso. Mas Padroso tem outras glórias para deixar à posteridade. Desde logo, ter sido lugar propício à emigração clandestina – atos heroicos que salvaram da fome e da morte muitas famílias pobres do Norte.
Basta recordar o Padre Domingos de Donões, que foi vilipendiado e condenado ao ostracismo, perdendo o sacerdócio e o seu estatuto social, apenas por ter um espírito cristão, caritativo e solidário. Quantos dos que o acusaram foram mil vezes piores do que ele!
Padroso, e um tal Júlio, cabo da Guarda Fiscal aí colocado, foram o sítio azado e a mão da justiça para "armar o laço" a um prepotente oficial que a transformação social saída da "Monarquia do Norte" designara administrador do concelho de Montalegre.
Esse oficial, tenente do Exército, natural das proximidades de Viseu e chamado Aurélio Cruz, mantinha o povo aterrorizado com ameaças, perseguições e multas incompreensíveis, com sovas e até dias de prisão. Certo dia, ao ouvido do Dr. Custódio Moura, o tenente revelou a intenção de oferecer à sua criada um xaile de veludo galego. Foi quanto bastou para o apanharem na esparrela.
Como o cabo de Padroso levantou um auto de notícia ao apanhá-lo em flagrante com o xaile de contrabando, o governo de então decidiu exonerá-lo, por indecente e má figura, despachando-o para "setenta léguas de distância".

Foi, é e será a capital de Barroso.

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